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POR QUE NOS APAIXONAMOS POR QUEM NOS APAIXONAMOS? Sobre o filme Palmeiras na Neve (com um pouquinho

  • Greice Machado
  • 4 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Neste filme que se passa em épocas diferentes, mostrando diferentes gerações de uma mesma família, o romance principal é o de KILIAN, um espanhol que trabalha na Guiné no período colonial, e BISILA, uma nativa.

Será à toa que eles se sentem atraídos?

Será à toa que nós mesmos nos sentimos atraídos por alguém? Como será que nos apaixonamos?

Será porque esta pessoa preenche uma lista de pré-requisitos que estamos buscando?

Não é assim, verdade?

Se não somos nós quem escolhemos conscientemente, quem escolhe então?

Ao parecer, apaixonar-se é uma escolha inconsciente. E o que mais observamos à luz da Abordagem Sistêmico-Fenomenológica das Constelações Familiares é que nossas escolhas inconscientes estão a serviço de algo.

Retornando ao filme, Kilian e Bisila pertencem a grupos culturais completamente diferentes, porém vinculados por uma relação de dominação estabelecida. Agora estamos olhando para uma relação macro, que envolve não duas pessoas, e sim dois grupos sociais diferentes.

Bueno, nas constelações familiares, observamos que os acontecimentos marcantes no passado, que envolveram pessoas de nosso sistema familiar de origem, frequentemente tem consequências para um membro deste sistema numa geração futura, verdade? E isto acontece para que haja uma nova oportunidade neste sistema familiar de conciliar algo que ficou para trás.

Quando olhamos para QUESTÕES COLETIVAS, como por exemplo, a relação assimétrica entre dois povos... como isto se resolve nas gerações futuras?

ATRAVÉS DAS PESSOAS, sempre através de pessoas.

Os coletivos são feitos de pessoas.

O que pode promover mais união do que uma relação amorosa?

Kilian e Bisila se apaixonam. E como nós, eles também não sabem bem porque. Nossos apaixonamentos são escolhas inconscientes, e nosso inconsciente está construído de tudo o que fomos, e também do que foram aqueles que vieram antes de nós.

Um casal se atrai mutuamente como uma chave e uma fechadura, e muitas vezes, representam a oportunidade de resolução de uma questão iniciada antes deles mesmos em seus sistemas familiares. Não imaginamos quantas coisas fazemos, pensando que são escolhas completamente livres, mas que no fundo, estão a serviço da vida...

...não da minha, ou da sua vida. A serviço da VIDA, esta que vem de muito longe, e vai para muito longe. Esta que só quer seguir para frente, e exatamente por isso, precisa desfazer os nós que ainda a prendem, para seguir cada vez mais leve e para frente.

Lembrou daquele apaixonamento que parecia inútil? Pensa que poderia ter passado pela vida sem ele?

Minha sugestão é de que você olhe para ele com olhos mais benevolentes e se pergunte: A serviço de que ele estava? O que (ou quem) ele queria integrar?

Quanto mais clareza temos sobre o serviço deste apaixonamento, mais chances de pular de fase. E pular de fase não significa ir para a relação amorosa perfeita, e sim, seguir para um novo serviço.

A dica é que geralmente, com esta postura de respeito por cada etapa do processo, o próximo serviço tende a ser mais leve. ;)

Greice Machado

Consteladora Familiar Sistêmica treinada pelo IDESV desde 2012

Master en Intervención Social con Indivíduos, Familias Grupos pela Universidad Pública de Navarra - Espanha.

Atende Individualmente, casais e famílias. Realiza Palestras e Grupos de Estudo com o intuito de demonstrar que a Filosofia Sistêmica é acessível a todos e que CONSTELAR é um ato interno.

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